Ao longo dos anos, a advocacia tem sido vista por muitos como uma profissão que confere prestígio automaticamente. No entanto, a realidade mostra que o verdadeiro reconhecimento e sucesso na carreira dependem não apenas do conhecimento jurídico, mas da capacidade de gerar resultados palpáveis para clientes e sociedade.
Muitos advogados ainda acreditam que o simples fato de atuar na área jurídica trará automaticamente respeito e mobilidade social. Essa visão romântica precisa ser desconstruída. Ser um bom advogado, hoje, vai muito além de ter uma carteira da OAB; é preciso demonstrar competência, relevância e a capacidade de transformar a realidade de quem você representa.
A advocacia corporativa se destaca como um campo fértil para essa transformação. Em um mundo empresarial em constante evolução, com mudanças econômicas rápidas e avanços tecnológicos, o papel do advogado corporativo transcende as funções legais tradicionais. Ele se torna um facilitador de negócios, responsável por alinhar a operação da empresa às exigências legais, ao mesmo tempo em que maximiza os resultados financeiros.
O advogado corporativo atua como um gestor estratégico, integrando-se ao dia a dia das empresas, defendendo seus interesses, gerenciando riscos e identificando oportunidades. Em vez de ser visto apenas como um defensor jurídico, ele é um agente proativo, fundamental para o sucesso e crescimento das organizações.
No Brasil, onde há mais de 1,3 milhões de advogados, a advocacia corporativa se apresenta como uma oportunidade valiosa. Com quase 20 milhões de empresas ativas no país, o espaço para advogados que se dedicam a essa prática é vasto, especialmente para aqueles que estão dispostos a ir além do tradicional e se posicionar como parceiros estratégicos das empresas.
Um exemplo, é essencial que essas profissionais desenvolvam um conjunto robusto de expertises, alguns deles por exemplo no mundo coorporativo são chamados de hard skills e soft skills.
Nas hard skills, o domínio técnico é indispensável. O advogado corporativo precisa ter um profundo conhecimento do Direito Empresarial, contratos, trabalhista, civil, compliance, governança corporativa, além de estar atualizado sobre as mudanças regulatórias que afetam o ambiente de negócios. Capacidade de análise de riscos, negociação e gestão de crises também são habilidades cruciais que garantem a tomada de decisões informadas e seguras para as empresas.
Já nas soft skills, a comunicação eficaz, a empatia, e a capacidade de trabalhar em equipe são fundamentais. A advocacia corporativa exige uma postura proativa e a habilidade de construir relacionamentos de confiança, tanto com clientes internos quanto externos. A liderança e a capacidade de adaptação em um ambiente empresarial dinâmico são igualmente importantes, permitindo que o advogado não apenas reaja às mudanças, mas as antecipe e as gerencie, sempre comunicando com seu público-alvo.
Em resumo, a advocacia corporativa oferece um caminho promissor para aqueles que desejam ser mais do que advogados; ela permite que profissionais se tornem agentes de transformação, capazes de influenciar e moldar o futuro do direito empresarial no Brasil.
Túlio Tomazini de Oliveira Santos, Especialista em Direito Empresarial, Compliance e Governança Corporativa, Graduado pela Universidade de Itaúna, Pós Graduado em Advocacia Empresarial pela PUC Minas; MBA em Gestão e Business Law pela Fundação Getúlio Vargas; Pós Graduado em Compliance Empresarial e Gestão de Riscos Corporativos pela Faculdade Líbano; Pós Graduado em Data Protection Officer (DPO) e Privacidade de dados (LGPD) pela Faculdade Líbano; MBA em Consultoria Empresarial pela Estácio; Especialização em Governança Corporativa pela Fundação Getúlio Vargas; Especialização em Desenvolvimento de Liderança e Gestão de Pessoas pela Fundação Dom Cabral.